Um Brasil "dividido"
Nunca um país esteve tão "dividido" em uma eleição desde a redemocratização do país 25 anos atrás, os três principais candidatos ao palácio do planalto eram a atual presidente Dilma Rousseff (PT), O senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), mas como se sabe, em 13 de agosto, Campos morreu vítima de um acidente aéreo em Santos, litoral de São Paulo. A ex-senadora Marina Silva, então vice da chapa assumiu e se tornou a ameaça à reeleição de Dilma, chegando até a ficarem empatadas técnicamente nas pesquisas, Dilma então usou e abusou dos ataques e agressões para tirar Marina da disputa... e conseguiu, a presidente foi ao segundo turno com Aécio. As cartas fora do baralho da disputa foram Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL) e Eduardo Jorge (PV), os dois últimos fizeram bastante sucesso nas redes sociais, principalmente Eduardo Jorge, por conta de suas "pérolas" nos debates, como por exemplo "Eu não tenho nada a ver com isso". Outro candidato, Levy Fidélix (PRTB) causou polêmica ao dar declarações homofóbicas no debate promovido pela Record. No segundo turno, que foi marcado por ter mais ataques do que propostas, Aécio chegou a liderar algumas pesquisas, mas no final quem venceu foi Dilma, garantindo mais 4 anos de PT no poder e mais incerteza ao povo...
As perdas do ano
Um ano de muitas perdas! Além da já citada morte de Eduardo Campos, muitos íncones da música, artes e política deram adeus em 2014, a lista é extensa: nos deixaram o ator José Wilker, o cantor Jair Rodrigues, o ator Roberto Gomez Bolaños (criador de Chaves e Chapolin), o narrador esportivo Luciano do Valle, o ex-jogador Belini (capitão do título mundial de 1958), o cantor Nelson Ned, o médico e comentarista Osmar de Oliveira, o político Sérgio Guerra, o humorista Canarinho, o ex-jogadores Washingnton e Assis (o casal 20 de Atlético/PR e Fluminense nos anos 80), o ex-atacante Fernandão (eterno capitão do Internacional), Di Stéfano (ídolo do Real Madrid), os escritores João Ubaldo Ribeiro, Rubem Alves e Ariano Suassuna, o humorista Fausto Fanti, o ator Robin Willians, o médico Adib Jatene... ufa, foram tantas perdas! E como se não bastasse, até mesmo a Mãe Dinah morreu...
O VEXAME
Sim, resolvi usar um título de 7 letras para retratar o que foi a seleção brasileira na Copa do Mundo do nosso país, que aliás foi a melhor copa desde 1998, pelo menos nos índices técnicos pois na primeira fase foram 136 gols, a seleção do Felipão fez uma campanha no limite do que se esperava, venceu Croácia e Camarões (3x1 e 4x1, respectivamente) e empatou com o México em 0x0, num jogo duríssimo, diga-se, a partir do mata-mata a coisa piorou, empate sofrível com o Chile por 1x1, com gol mal anulado do Hulk, bola na travessão do Chile aos 14 do segundo tempo da prorrogação... ufa! a agonia terminou nos pênaltis quando Júlio César pegou dois e o Brasil venceu por 3x2. Nas quartas, um sofrimento bem leve, vencemos a badalada Colômbia por 2x1, mas o jogo ficou marcado pela joelhada criminosa de Zuniga em Neymar, o que acabou tirando nossa estrela da Copa, a catástrofe não parava por aí, pois o que ninguém imaginava era o que iriamos testemunhar em 8 de julho: UM MASSACRE! Enfrentamos a Alemanha na semifinal, o que era pra ser um jogo equilibrado se tornou num pesadelo, os alemães golearam o Brasil por 7x1 (5x0 só no primeiro tempo, com direito a pane no meio-campo por 6 minutos) e assim fomos disputar o terceiro lugar e tomamos outra surra, dessa vez da Holanda por 3x0, se tomar de 7 era ruim, pior era ver a Argentina numa final de Copa no Brasil, felizmente eles não ganharam, a Alemanha venceu por 1x0.
Enfim, uma copa pra esquecer. Ah, gol da Alemanha...
O Campeonato de um time só
Num brasileirão que começou com a virada de mesa do tribunal, que possibilitou o Fluminense a permanecer na Série A - com isso, rebaixando a Portuguesa - o Cruzeiro mostrou mais uma vez porque é o time do momento, conquistou o bicampeonato nacional de forma consecutiva (foi o quarto título da hsitória do clube), diferente de 2013 a campanha celeste foi bem 'difícil' pois os comandados de Marcelo Oliveira só confirmaram o título a duas rodadas do fim - diferente do ano passado, quando conquistou com 4 rodadas de antecipação. O destaque negativo foi o rebaixamento do Botafogo para a Série B, o segundo na história do clube e o quase rebaixamento do Palmeiras, se safando na última rodada - com uma 'ajudinha' do rival Santos. Vale registrar o sofrível retorno do Vasco a elite, quando ficou apenas em 3° na segundona. E a mesma Portuguesa rebaixada no tribunal caiu para a terceirona no campo. Que fase...
No futebol europeu, destaque para o Real Madrid que conquistou a Liga dos Campeões. Na final, Cristiano Ronaldo e cia derrotaram o Atlético de Madrid por 4x1 na prorrogação. No futebol sul-americano, destaque para o vexame brasileiro na Libertadores, ficando fora das semifinais depois de 23 anos, o San Lorenzo da Argentina - o time do papa - faturou o título inédito.
Troca-troca na TV
O ano foi marcado por diversas trocas na televisão, destas aconteceram coisas que jamais imaginávamos que ia acontecer. Pra começar, a tão comentada saída de Sabrina Sato do Pânico para apresentar um programa próprio na Record, que aliás foi bem aceito pela crítica e público tendo bons índices de audiência. Outra saída bastante turbulenta foi a do humorista Danilo Gentili, que trocou a Band (aonde apresentava o Agora é Tarde) pelo SBT, Gentili levou com ele para a emissora de Silvio Santos os humoristas Murilo Couto e Léo Lins e a assistente de palco Juliana, além da banda Ultraje a Rigor, que faziam parte de seu programa; Marcelo Mansfield - que também fazia parte da trupe do comediante - se recusou a mudar de emissora e permaneceu no Agora é Tarde que passou a ser apresentado por Rafinha Bastos e a vaga deixada por Mansfield seria ocupada por Diguinho Coruja
A emissora do Morumbi até tentou impedir a estreia de Danilo no SBT na justiça, mas não deu certo. O The Noite foi um verdadeiro sucesso e atualmente ocupa o primeiro lugar de audiência, vencendo ninguém menos que Jô Soares. Outra troca que deu o que falar foi na bancada do principal telejornal do país, Patrícia Poeta deixou o Jornal Nacional depois de 3 anos, o seu lugar foi ocupado por Renata Vasconcellos, Patricia deixou o JN para se dedicar a um programa de entreterimento que irá apresentar.
As águas que sumiram do mapa
Um dos principais assuntos do ano foi a água, muito por causa da crise de abastecimento que afetou muitos lugares do Brasil, em especial São Paulo, o intenso calor que fez em diversos dias do ano fizeram cair os níveis dos reservatórios, o que obrigou o povo a se virar pra ter água, os especialistas disseram que o sistema Cantareira (o principal de SP) só voltará ao normal em 2016, a situação do Cantareira chegou a estar pior, tendo apenas 2% de capacidade de água, o governo paulista então apelou para o volume morto, até deu resultado mas mesmo assim o nível caiu de novo. Até que as tempestades deram uma elevada, mas para os reservatórios voltarem ao normal só se Netuno descer do céu...
E assim foi 2014 em nosso cotidiano.
No próximo (e último) capítulo da retrospectiva, vamos relembrar como foi o ano aqui no blog.
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