sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Retrospectiva ImpCNRM 2016 - Parte 3: 31.01.16, a viagem que ainda não teve fim

Caríssimos leitores, hoje encerramos a Retrospectiva ImpCNRM 2016. Costumeiramente, a terceira parte da nossa retrô é destinada para fazermos um balanço do nosso ano, do que mais importante você viu por aqui nos últimos doze meses, no entanto, este foi um ano muito especial pra gente, não só em questão de conteúdo, especificamente fora dele. Tivemos poucos e bons momentos em 2016, mas nada que supere uma noite de janeiro que ficou eternizada na nossa história, e para contar sobre este momento lindo, resolvemos inovar: contaremos em uma história feita em terceira pessoa o caminho para chegar até aquela noite, que parece que nunca termina, como se tivesse acontecido ontem...

E foi assim...

Todos nós temos sonhos, não é verdade? Não importa em qual esfera, patamar ou algo similar, sempre queremos ao menos um desejo realizado. O sonho não tem limites, tampouco limitações, não custa nada, ele pode até quebrar barreiras. É como se diz nestes posts de internet: o seu sonho pode demorar um, dois, três, cinco, dez ou até doze anos, mas ele está fadado a ser realizado. E ídolos? todos nós temos. Seja um cantor, uma atriz, um apresentador... um dia sempre sonhamos em ser como eles, mais do que isso, em ver eles de perto, e quem sabe dar aquele abraço apertado, dizer que o admira - embora que no calor da emoção falte palavras para tal, e até se emocionar. Isso pode parecer metáfora batida, mas a história que contarei pra vocês é de um menino que superou todas as barreiras para conhecer seu ídolo. Ou melhor, sua ídola. O mais inacreditável é que ele precisou superar o tempo, a desistência e o receio.

Este menino vive numa cidade que não é nenhuma metrópole encantada, mas não chega a ser um fim de mundo. Vive numa selva de pedra, digamos, encolhida. Este menino, no auge de sua adolescência e mesmo frustrado por amores que provocavam cenas que não poderia ver, como naquela canção do rei, plantou mais um sonho, só que este sonho foi se tornando um pouco diferente dos anteriores, foi ganhando forma, até que então estava nascendo um amor de fã que nunca antes sentiu. Teve um quê de "complicação", sabe? ele foi se aventurar em ser fã de duas lindas mulheres. Era tudo lindo... quer dizer, nem sempre. As lindas mulheres recém integravam um famoso programa de comédia, e ser fã de pessoas assim gera uma certo preconceito (é complicado escrever uma palavra como essa). Por conta da adversidade, teve que suprimir o fato de suas pessoas mais próximas para não gerar desconfianças impiedosas que não caracterizavam sua índole, e ciente disso, ele não se abateu e tampouco deixou de sonhar. Para provar aquele amor que levava seu coração através de todo seu dia a dia, criou uma página especialmente para suas musas. Mas aí veio a desconfiança, a aflição, a frustração. Amigos que fez na nova jornada foram conhecendo a musa que ele escolheu amar, e ele não. A desistência o rondou, mas, ironicamente, os mesmos o acalmaram e encheram aquele menino de esperança. Pediu calma, paciência, que a hora dele estava chegando. Essa hora passava, o tempo, demostrando ser inimigo, corria devagar, e a aflição continuava. Diversas tentativas de aproximar daquelas que escolheu admirar. Até que um dia, o cara lá de cima lhe reservou um dia que para aquele menino seria inesquecível.

Era uma noite de janeiro. Ele saía de sua casa com uma mistura de emoções, ora esperançoso, ora preocupado. Em uma linda noite, chegou até o local desejado, uma tal de Marquês. Lá desfilam as mais lindas escolas de samba do mundo, e uma de suas musas desfilaria por uma importante agremiação, e uma semana antes do desfile final, ela confirmara presença num ensaio que aconteceria lá mesmo. Eles combinaram. Ele chegou. Como toda conquista tem que ser "na raça", houve uma considerável demora. O menino andava pra lá, procurava de cá. Até que, pela sorte que o destino lhe reservou, encontrou a pessoa mais próxima a sua ídola. Trocou aquela ideia, argumentaram, e esperaram. Aquele menino não se continha de ansiedade, até que a hora que ele tanto sonhava chegou... o momento em que, finalmente, pode conhecer e abraçar quem admirava e admira até hoje, a felicidade era tanta que nem teve forças para se emocionar, só depois de sair dali. Era o momento dele, só dele, o momento em que findava seu castigo e vencia cada solidão para ter um desejado encontro com seu corpo abrigo. Ao sair dali, e caminhando para o regresso, num misto de emoções, fez duas coisas: em pensamento, desabafou: "vou jogar na cara daqueles que sempre desconfiaram de mim", pouco depois, dedicou aquele momento a uma amiga que fez entre os fãs que acabara falecendo dois anos antes, pois após sua partida, prometeu que conheceria sua ídola não só por ele, mas também por ela. Naquele dia, o céu também sorriu. A caminhada ainda continua, pois falta ver a outra ídola dele, tomara que esta hora esteja tão perto, até mais perto do que se imagina...


Conclusão: esta história serve para reforçar aquele ditado: nunca desista dos seus sonhos, se você que leu até aqui tem um ídolo - ou ídola - e acha impossível conhece-lo, levante a cabeça e pense positivo, uma hora vai acontecer, não importa quanto tempo demore, e quando acontecer, você nem vai perceber que passou tão rápido. Acredite como este menino acreditou, até o fim, pois naquele 31 de janeiro de 2016, ele viveu a noite de uma viagem que ainda não teve fim...






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RETROSPECTIVA ImpCNRM 2016


Idealização, textos e revisão de texto: Carlos Alberto
Fontes: Instagram, Site EGO e Doc ImpCNRM
Fotos: Arquivo ImpCNRM e Instagram
Livre citação à obra "A Viagem" (Cleberson Horsth, Aldir Blanc - Tapajós, 1994) em "Parte 3: 31.01.16, a viagem que ainda não teve fim".

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